terça-feira, 19 de abril de 2022

São Luís Servidores da Educação em greve. Na proxima quarta-feira, haverá assembleia para analisar a proposta da Prefeitura.

 Greve geral dos professores e professoras da rede pública municipal. 


 São 5 anos sem aumento de salário e proposta de reajuste de apenas 5% é considerada imoral pela categoria.

O Sindeducação convoca toda a categoria de profissionais do magistério da rede pública municipal de ensino a aderir a greve geral marcada para começar nesta segunda-feira, 18 de abril. Os professores aprovaram no último dia 8 de abril o início do movimento paredista após a Prefeitura de São Luís oferecer reajuste de 5%, muito aquém do que a categoria reivindica em sua campanha salarial: atualização do piso nacional (de 33,24%) para professores com Nível Médio e a repercussão em toda tabela salarial do magistério, com 36,56% de reajuste para todos os professores com Nível Superior.

 

A categoria, que luta pelo reajuste há mais de 5 anos, esperava que a gestão de Eduardo Braide valorizasse os profissionais da educação, conforme ele anunciava durante sua campanha eleitoral. O Sindeducação esclarece que desde o ano de 2021 tentava abrir o diálogo com a gestão municipal para iniciar as tratativas da campanha salarial, porém, somente no dia 10 de fevereiro de 2022 é que a Prefeitura de São Luís instaurou a Mesa de Negociação e, enquanto o sindicato ponderava sobre a importância de se levar em conta que TODA a categoria fosse contemplada com um reajuste digno, o prefeito Eduardo Braide remeteu à Câmara Municipal de São Luís antecipadamente um Projeto de Lei para atualizar os vencimentos de apenas 889 professores, que são do Nível Médio. A categoria é formada atualmente por mais de 8 mil profissionais, entre ativos e aposentados.

Para os professores, esta é uma clara demonstração de desrespeito, pois com isso, Braide está afirmando que não vale à pena o docente investir na formação superior e que não adianta investir em pós-graduação, mestrado e doutorado. Vale destacar que, em nenhuma das cinco rodadas da Mesa de Negociação, o prefeito Eduardo Braide compareceu, assim como não foi enviado nenhum representante da Secretaria Municipal de Governo (Semgov).

O prefeito ofereceu o reajuste de 5%, sem apresentar, nenhuma documentação que demonstrasse o impacto no orçamento do município ou a inviabilidade de um percentual maior. Não foi apresentado também o impacto na folha de pagamento dos profissionais do magistério e nem a prestação de contas dos gastos com os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), referente ao exercício de 2021. Lembrando que, somente em 2021, para investimentos nas escolas e na valorização dos profissionais do magistério, o município de São Luís recebeu R$ 512 milhões e, para este ano está previsto receber R$ 523 milhões.

Durante as 4 Assembleias que já foram convocadas pelo Sindeducação (11/03, 24/03, 02/04 e 08/04) para deliberar as pautas da Campanha Salarial, os professores, em diversos momentos, lamentaram a postura do Prefeito Eduardo Braide ao conduzir a pauta da educação. Na assembleia mais recente, no dia 8 de abril a categoria demonstrou total revolta com a propaganda veiculada na TV que tenta colocar a opinião pública contra os educadores, lembrando que foram os professores da rede que se esforçaram ao máximo para conduzirem as aulas remotas durante toda a pandemia, sendo que a Prefeitura de São Luís concedeu Auxilio Conectividade por apenas 9 meses no valor de R$70 e nunca entregou nem chips e nem tablets para os alunos.


A categoria que busca por valorização, está disposta a defender a carreira do magistério e rechaça veementemente a proposta de 5%, assumiu também o compromisso de lutar por escolas que ofereçam condições dignas para toda a comunidade escolar, pois foi somente por meio de muita mobilização realizada pelo sindicato e professores que as reformas nas escolas foram iniciadas e, ainda assim, há muito para ser feito, pois menos de 50%, das 258, escolas foram reformadas, as aulas na Zona Rural de São Luís, por exemplo, iniciaram sem transporte escolar, a alimentação oferecida para os alunos carece de qualidade, entre outras demandas.

O Sindeducação também organiza o movimento grevista para pedir pelo fim do assédio moral e mais transparência no orçamento e as contas da Prefeitura de São Luís. O sindicato também vai estudar, acompanhar e, eventualmente, fazer uma auditoria da folha de pagamento da prefeitura e do magistério.

O início da greve da categoria está marcado para o dia 18 de abril. Os professores farão um grande ato a partir das 8h, na Praça Deodoro. 

Fica aberto o espaço para publicação da replica pela Prefeitura.  

 Texto produzido pela Assessoria de Imprensa do Sindeducação, Sandra Passos / 98 99243-6133.

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário