sábado, 4 de fevereiro de 2012

Morre o jornalista Udes Cruz.


A esposa, Rosário; a filha Jusse; e o jornalista Udes Cruz.
Udes Cruz, Esposa Rosário e Jusse.

 

Este blog quando pensado, veio com o desejo da renovação, de aqui lançarmos idéias e propostas para uma nova São Luís, quiz o destino infelizmente que se iniciasse falando da morte de um jornalista, conhecido de muitos e compreendido por poucos.

Segue abaixo notícia copiada do blog do luis Cardoso.

Faleceu  hoje pela madrugada o jornalista Udes Lemos Cruz. Lutou pela vida até os últimos momentos, em um leito do Hospital Aliança, aqui em São Luís, vítima de insuficiência renal. Teve uma parada cardíaca.  Aos familiares meus sentimentos .

Fui levado ao jornalismo pelas mãos competentes do jornalista Aldionor Salgado, em 1979. Depois conheci Udes Cruz, que trabalhava no O Jornal, de Cordeiro Filho e Mauro Bezerra (também falecido). Depois Udes foi para o Jornal de Hoje. Sempre na cobertura política.

Foi um dos melhores repórteres, cobrindo os fatos da política. Investigativo e intrigante, além de ser dono de texto impecável e respeitado pelo núcleo do poder local. Chegou a ocupar cargos importantes, inclusive o de secretário de Comunicação Social do Governo do Estado.

Fomos sócios em dois momentos: na revista Atos & Fatos, que posteriormente virou o jornal Atos & Fatos, que permanece até hoje entre os melhores da capital.

Mas Udes Cruz, apesar do peso de sua caneta, não tinha inimigos e, talvez, nem mesmo adversários. Ao contrário, muitos amigos. Da velha à nova geração de bons profissionais.

Guardo recordações e boas lembranças. Somos eternos parceiros, companheiros e irmãos. Aliás, ele sempre dizia que eu era o irmão que sempre quis ter, que me desculpe meu velho amigo jornalista Djalma Rodrigues, irmão de Udes Cruz.

Houve um período em que éramos um trio, ou melhor, um quarteto: Udes Cruz, Roberto Kenard, eu e a boêmia. Travávamos belas discussões e até mesmo enveredamos para o campo literário, que não era minha praia e nem a de Udes.

Quando soube pelo Djalma que Udes havia  sido internado no Aliança com complicações decorrentes da diabetes, estava em Bacabal. Quando retornei a São Luís, tive vontade de visitá-lo. Mas ele já estava na UTI, de onde nunca mais saiu.

Detesto entrar em hospitais. Adoro bares, festas e conversar com amigos. Aí, sim, tenho a sensação de vida. Hospitais me causam péssimas impressões. Assim também era com o Udes.

No último que entrei foi para olhar e minha mãe. Foi uma cena deprimente. Minha mãe cadavérica, nos últimos instantes de vida. Gostaria de ter na lembrança aquela imagem saudável, sorridente, mesmo quando lutando contra a morte, em nossa casa. Dona Conceição faleceu no leito de um hospital, em maio de 2010, menos de três dias antes do Dia das Mães.

Não fui visitar o amigo, até porque só os familiares tinham acesso ao leito da UTI. Mas fiquei aqui do lado de fora sempre em contato e orando pela sua imediata recuperação.

Mas a nenhum ser humano é dada a condição de imortal. Nem mesmo aos membros das Academias de Letras.

No meu aniversário, Udes Cruz, ladeado por Ricardo Guterres e Roberto Kenard. Foto: Cinaldo Oliveira.
Luis Cardoso, Udes Cruz, ladeado por Ricardo Guterres e Roberto Kenard. Foto: Cinaldo Oliveira.
 
Udes Cruz deixa um legado no jornalismo maranhense e uma legião de amigos e de tantos que dele precisaram e sempre tiveram o esforço e a mão amiga para ajudá-los.

Udes Cruz era, em vida, um ser assim extraordinário. De um coração maior que a alma. Nunca conheci ninguém que tirasse o último do seu para não deixar faltar ao outro, ainda que nem soubesse quem fosse a pessoa.

E lá do alto, em outro plano, tenho absoluta certeza de que sua mão estará sempre estendida para ajudar aos amigos, conhecidos e desconhecidos aqui embaixo, neste mundo que é apenas uma passagem.

Ele deixa a esposa Rosário de Fátima Azevedo Cruz e quatro filhos, os jornalistas Udes Filho, Jusse Cruz e as advogadas Saile e Maira. É pai também de Hilário Cruz Neto.
Fonte: www.luiscardoso.com.br

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